Como lidar com esse sentimento
O ciúmes é um sentimento muito comum nos relacionamentos amorosos. Surge como uma reação diante de uma ameaça (que pode ser real ou apenas imaginária).
Em sua origem existe o receio de ser traído ou abandonado pelo parceiro (a).
Desse modo, a pessoa que sente ciúmes pode desenvolver atitudes de controle ou possessividade, passando a monitorar e a vasculhar constantemente cada passo que o outro der. Agindo desse modo, a pessoa ciumenta, sem perceber, passa a tratar o (a) companheiro (a) como um objeto de sua propriedade, se esforçando para que jamais deixe de ser seu.
Infelizmente, isso se torna uma espécie de profecia auto-realizável, pois a outra pessoa (atingida por excessivas demonstrações de ciúmes) pode decidir colocar um ponto final em uma relação que, ao seu ver, está trazendo-lhe mais desgaste emocional do que prazer e companheirismo.
É preciso também dizer que, de maneira bem dosada, o ciúmes não é problemático. Há situações específicas em que esse sentimento, assim como qualquer outro, surgirá para a grande maioria das pessoas, sem que traga prejuízos significativos ao relacionamento.
O problema está no ciúmes excessivo, que traz sofrimento a ambas as partes e, em casos mais extremos, podendo ocorrer sob a forma de ameaças e violência física/ verbal. É o tipo de ciúmes que torna insustentável um relacionamento sadio, pois o casal tenderá a viver em uma montanha-russa de emoções e diálogos conflituosos. Um período de tranquilidade que sempre precede uma nova turbulência.
Mas como aprender a controlar o ciúmes?
O primeiro passo é tentar melhorar a própria autoestima.
A pessoa excessivamente ciumenta é, por natureza, insegura. Não se considera suficientemente boa, bonita ou hábil para acreditar que alguém poderá permanecer interessado e encantado por ela a longo prazo. Sendo assim, seu pensamento é de que a qualquer momento poderá ser “substituída” por alguém melhor (já que em sua percepção há muitas pessoas melhores e mais interessantes do que ela nos mais diversos sentidos).
Uma baixa autoestima pode surgir como consequência de um histórico de vida, no qual a pessoa não recebeu afeto suficiente dos pais, passou por episódios de bullying/ racismo/ discriminação ou se envolveu em relacionamentos nos quais não se sentiu amada ou valorizada.
Como qualquer coisa que foi perdida ou danificada, a autoestima é uma reconstrução. É ela que nos permite tomar decisões que sejam mais saudáveis emocionalmente para nós mesmos, assim como compreender que tentar prender ou ameaçar a outra pessoa não garante amor nem a continuidade de um relacionamento feliz e estável.
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